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Sábado, 10 de Junho de 2023

Planeta maior que Júpiter tem "caudas" gasosas gigantes Sábado, 10 de Junho de 2023

Planeta maior que Júpiter tem "caudas" gasosas gigantes

O exoplaneta HAT-P-32b, quase duas vezes maior que Júpiter, está perdendo sua atmosfera em jatos gasosos, formando “caudas” de hélio. Os jatos são considerados alguns dos maiores já encontrados ao redor de um planeta, e foram vistos por astrônomos da Universidade do Texas.

O HAT-P-32b é um mundo do tipo Júpiter quente, ou seja, é grande, gasoso e tem órbita bem próxima de sua estrela — aliás, ele está tão próximo dela que o calor da estrela está fazendo com que sua atmosfera se expanda.

A atmosfera se estendeu tanto que parte dela escapou da atração gravitacional do planeta, e entrou em órbita ao redor da estrela. Por isso, os astrônomos acreditam que a estrela é a responsável pelos jatos, que têm mais de 50 vezes o raio do planeta.

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As caudas do HAT-P-32b já foram detectadas antes, mas como o planeta foi observado só enquanto passava em frente à sua estrela durante trânsitos, os astrônomos ainda não sabiam exatamente a dimensão delas.

O calor da estrela está fazendo com que a atmosfera do planeta evapore, formando as grandes caudas (Imagem: Reprodução/UT Austin/McDonald Observatory)

“A parte particularmente interessante deste trabalho é que a nuvem de atmosfera em escape é muito maior do que já foi visto, devido a uma estratégia de observação única”, explicou Jonathan Fortney, professor da Universidade.

Em estudos anteriores, o planeta foi observado durante os trânsitos por sua estrela, ou seja, quando passou à frente dela em nossa perspectiva. Desta vez, os pesquisadores acompanharam o HAT-P-32b ao longo de algumas noites, registrando o trânsito e observações dele nos dias antes e depois da passagem.

Foi assim que eles conseguiram acompanhar o tempo completo que levou para o planeta orbitá-la, conseguindo revelar a dimensão das caudas. Segundo os autores, as descobertas podem ajudar na compreensão de como outros planetas interagem com suas estrelas.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Science Advances.

Leia a matéria no Canaltech.

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