A foto destacada pela NASA nesta sexta (9) revela o aglomerado de galáxias Abell 2744 pelos “olhos” do telescópio James Webb. Também chamado de Aglomerado de Pandora, Abell 2744 fica a cerca de 3,5 bilhões de anos-luz de nós em direção à constelação Sculptor, o Escultor.
Este aglomerado de galáxias é tão massivo que causa um efeito de lente gravitacional e, assim, consegue ampliar a luz de objetos bem distantes. Com este truque, os astrônomos usam Abell 2744 como uma grande lente de aumento, capaz de revelar características do universo primordial que, sem ela, permaneceriam escondidas.
A imagem mostra o que o James Webb e a lente gravitacional podem oferecer quando são combinados: a foto revela 50 mil fontes luminosas, incluindo algumas nunca vistas antes. Ela mostra também um pequeno ponto avermelhado, que pode ser um buraco negro supermassivo do universo primordial.
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Muitas das galáxias afetadas pela lente têm cor avermelhada e acabaram com suas formas distorcidas, aparecendo como arcos. Já as estrelas mais próximas fazem parte da Via Láctea, e podem ser encontradas facilmente graças às seis pontas.
Os aglomerados galácticos são considerados alguns dos maiores objetos do universo mantido juntos pela gravidade. Isso vale também para Abell 2744, um aglomerado de galáxias formado por outros quatro grupos galácticos menores, que acumulam bilhões de vezes a massa do Sol.
Observações de outros telescópios mostraram que Abell 2744 tem alguns filamentos formados por galáxias, gases quentes e matéria escura. O mais interessante é que as galáxias do aglomerado são responsáveis por menos de 5% de sua massa, enquanto a matéria gasosa representa 20% dela.
Já a misteriosa matéria escura forma 75% da massa do aglomerado. Ela tem este nome porque não emite, absorve e nem reflete a luz, mas pode ser revelada por meio da atração gravitacional que exerce.
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